A língua solta de Paulo Guedes ergueu mais um obstáculo para a reeleição de Jair Bolsonaro.


Na reta final da campanha, o ministro da Economia tem causado uma série de desgastes para a campanha do chefe.


Os problemas começaram com a revelação de um plano para desindexar o salário mínimo e as aposentadorias da inflação.


Prosseguiram com a ideia de retirar do Imposto de Renda as deduções com gastos em saúde e educação.


Nesta quinta-feira, Guedes deu mais dois tiros no pé. Em videoconferência, ele admitiu a hipótese de Lula vencer a eleição, violando uma regra básica de qualquer manual para iniciantes na política.


Mais tarde, o ministro cometeu um sincericídio e disse que o governo Bolsonaro "rouba menos". "Eu, se fosse o Bolsonaro, diria: tudo o que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos", afirmou.


A frase desastrada de Guedes lembra uma gafe histórica de Luiz Paulo Conde na eleição municipal do Rio em 2000.


Na saída de um debate na rádio CBN, o então prefeito escorregou ao tentar defender seu desempenho: "Eu sou mais sincero, eu minto menos".


A derrapada prejudicou Conde e contribuiu para a virada de Cesar Maia.


Por Bernardo Mello Franco

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