Ação policial apura se os investigados cometeram crimes como a incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais Foto: divulgação/PF


A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), a Operação Impávido Colosso que investiga manifestações contra o resultado das eleições presidenciais realizadas no Ceará ano passado. A corporação apura crimes supostamente cometidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em atos como o acampamento em frente ao Comando da 10ª Região Militar e o bloqueio da BR-116, ambos em Fortaleza.


Ao todo, 32 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 12ª Vara da Justiça Federal e estão sendo cumpridos por cerca de 140 agentes federais em sete cidades cearenses e duas de outros estados. A ação conta ainda com a parceria do Ministério Público Federal (MPF).


Com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Ceará, a investigação da PF identificou prováveis líderes, financiadores e organizadores do apoio logístico de manifestação contra instituições democráticas.




Corporação identificou prováveis líderes, financiadores e organizadores Foto: divulgação/PF


Segundo a PF, foram encontrados itens contábeis, como listas que indicam pagamentos de alimentos e transporte e recibos, além de notebooks, celulares e armamento sem registro.


 


Os atos investigados incluem episódios registrados na BR-116, em Fortaleza, entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro de 2022, quando indivíduos bloquearam e provocaram incêndio na rodovia.


A ação ainda inclui os atos realizados na avenida Alberto Nepomuceno, próximo ao Comando da 10ª Região Militar, no Centro da Capital, quando apoiadores de Bolsonaro se reuniram e revindicaram, entre outras demandas, intervenção militar contra o resultado das urnas que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente.




Manifestantes em frente ao Comando da 10ª Região Militar Foto: Thiago Gadelha


Segundo a autoridade policial, as apurações iniciais indicam que os alvos da ação são suspeitos de crimes como associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais. Os delitos preveem penas de até três anos de prisão. Ainda há a possibilidade da descoberta de outras infrações mais graves, averiguadas a partir do material apreendido.


Os mandados da ação desta quinta-feira estão sendo cumpridos nas seguintes localidades:Fortaleza (21);

Maracanaú (3);

Itaitinga (1);

Caucaia (1);

Pacajus (1);

Tauá (1);

Brejo Santo (1);

Imperatriz, Maranhão (2);

Condor, Rio Grande do Sul (1).


O nome da operação remete a um trecho do hino nacional. As investigações continuam para delimitação da autoria dos crimes, com análise do material apreendido e fluxo financeiro dos suspeitos.


Por Diário do Nordeste

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem